Consegues imaginar uma entrevista de podcast a bordo de uma canoa, no quintal de casa, na Maloca Ikowé, em plena Alter do Chão? Pois é, essa é a vibe do Canoa Session, o meu podcast, onde tenho a honra de receber pessoas incríveis. E no primeiro episódio da série, tive a chance de mergulhar na história de vida da talentosíssima cantora e compositora paraense Thaís Sodré.
Se ainda não a conheces, a sua história é uma inspiração. Originária de São Domingos do Capim, no Pará, Thaís trocou a agitação do Rio de Janeiro pela tranquilidade e a força das suas raízes amazônicas. Aproveita e segue essa artista maravilhosa em suas redes sociais e descubre o talento dela!
O Encontro com o Oeste Paraense
Apesar de ser do nordeste do estado, a conexão de Thaís com o oeste do Pará, onde eu vivo, começou de forma surpreendente no Rio de Janeiro. Ela participou de um projeto musical que a levou a gravar composições de artistas de Santarém. Esse primeiro contato a fez se apaixonar pela região e, principalmente, pela riqueza cultural da Festa do Sairé. Ela me contou que, mesmo longe de casa, se sentiu acolhida, como se a floresta e a culinária a chamassem de volta. Não posso deixar de mencionar que ela confessou que também encontrou um novo amor, deixando o seu coração atracado aqui às margens do Tapajós.
A Música como Caminho de Volta
Thaís me explicou que sua paixão pelo carimbó, ritmo tão presente em sua terra natal, foi um dos motivos para a sua volta. Sua jornada profissional, no entanto, começou no Rio de Janeiro, onde o forró abriu portas. Mas o destino, ou melhor, um produtor chamado Rodrigo Garcia, a encontrou por um simples vídeo no Instagram. Foi a partir daí que o projeto “Porto do Destino” nasceu, um disco que a fez revisitar suas raízes e misturar influências do Pará, do Nordeste e do Rio de Janeiro.
O disco foi um sucesso e fez Thaís perceber algo crucial: a necessidade de mergulhar mais fundo nos ritmos da sua própria terra, para realmente se reconectar com a sua essência e toda a grandiosidade cultural do estado do Pará.
O Poder da Música e o Retorno para Casa
Nossa conversa foi muito emocionante. Thaís me contou que o retorno ao Pará não foi apenas profissional, mas uma busca por um equilíbrio de vida. Ela expressou o desejo de aprender com os mestres locais, de se aprofundar nos saberes da cultura paraense.
Durante o bate-papo a bordo da canoa, ela me presenteou com trechos de canções poderosas. Interpretou “Baila do Lundu”, explicando a história por trás do lundu e do carimbó, e a seguir cantou a bela “Pérola Azulada”, uma canção que nos faz refletir sobre a importância de cuidar do nosso planeta através de uma declaração de amor em forma de poema. Aliás, o disco “Porto do Destino” contou com a participação especial de um grande nome da música brasileira, Toninho Horta, o que mostra ainda mais a beleza e a qualidade do trabalho da Thaís. E para fechar com chave de ouro, a surpreendi iniciando um carimbó que ela logo identificou e cantou lindamente de forma fluida. Confere no vídeo abaixo e diz-me se já conhecias essa canção.
A música, para Thaís, é mais do que um som; é uma forma de transmitir emoções e conectar as pessoas. Ter uma de suas músicas, “Confissão”, em uma coletânea da gravadora Putumayo foi a prova de que sua arte ecoa para o mundo todo. Resolvi surpreender a Thays iniciando uma canção tradicional paraense, mas ela logo identificou cantando lindamente e de forma fluida. O episódio termina com a voz dela ecoando pelo rio, em uma linda performance de carimbó. Confere no vídeo abaixo e diz-me se já conhecias esse tema.
Se gostaste da história dela, a entrevista completa está logo aqui abaixo👇🏽.
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Até a próxima paragem!




